A assembleia plenária do Conselho da Europa aprovou uma série de resoluções, incluindo a defesa das “normas fundamentais” laborais por parte de países anfitriões de grandes eventos desportivos internacionais como pré-condição à sua designação.
Esta instituição europeia, que reúne delegações parlamentares de 47 estados-membros do Velho Continente quatro vezes por ano, apelou mesmo à FIFA e à UEFA para “reverem as condições que os países candidatos à organização de grandes eventos devem respeitar” e instituirem “critérios mínimos” relativos a “direitos dos trabalhadores, igualdade entre homens e mulheres e proteção de atletas menores de idade”, além das “normas fundamentais” da Organização Mundial do Trabalho.
Além daquela clara referência aos muitos acidentes de trabalho na construção dos recintos do próximo Mundial de futebol Qatar2022, o Conselho da Europa mostrou-se contra a ideia da realização de Mundiais de futebol a cada dois anos e pediu ainda maior transparência nos fluxos financeiros das transferências de futebolistas.
O projeto de resolução do eurodeputado social-democrata Carlos Alberto Gonçalves sobre políticas de desporto em tempos de crise, que defende que os estados-membros devem incluir o desporto nos respetivos planos de recuperação e resiliência, com medidas de apoio, foi um dos aprovados, com 87 votos a favor, um contra e 15 abstenções.