O português Cristiano Ronaldo, recipiente de um Prémio Especial da FIFA pelos 115 golos pela seleção nacional, explicou que o sucesso nos últimos anos se deve a manter “a paixão pelo futebol” desde o início.
“É muito bonito”, disse o avançado do Manchester United, sobre o troféu que lhe foi apresentado pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, já depois do anúncio do prémio The Best, ao polaco Robert Lewandowski (Bayern Munique).
Ronaldo, que também integrou o ‘onze’ do ano da FIFPro, ao lado do também luso Rúben Dias (Manchester City), foi agraciado pelos 115 golos internacionais, um recorde no futebol masculino, depois de a canadiana Christine Sinclair ter recebido um igual, pelos 188 tentos no futebol feminino.
“Agradeço a todos os meus colegas de equipa, especialmente na seleção, pelos últimos 20 anos em que representei o meu país. O recorde era de 109 [do iraniano Ali Daei]. Estou muito orgulhoso por receber este prémio de uma organização que respeito muito”, declarou.
Questionado sobre o segredo do sucesso continuado, explicou que se deve à manutenção da “paixão pelo jogo”.
“Quando entro em campo, para treinar, para jogar, ainda desfruto, e a motivação está lá. Vou ter 37 anos em breve, mas continuo a sentir-me bem e motivado. Trabalho muito desde os 18 anos. Amo o futebol, tenho paixão, e quero continuar”, atirou.
Este “sonho”, pelo qual agradeceu à família, vai continuar, espera, “mais quatro ou cinco anos”.
“É uma questão mental, porque fisicamente se se tratar bem o corpo, o corpo devolve”, comentou.
A gala da FIFA, ainda marcada pela pandemia de covid-19, com a maioria dos convidados ligados por via telemática, coroou o polaco Robert Lewandowski e a espanhola Alexia Putellas (FC Barcelona) como melhores de 2021.