O Comité de Ética e Disciplina da UEFA decidiu hoje abrir um processo ao árbitro romeno Sebastian Coltescu, quarto árbitro no Paris Saint-Germain-Istambul Basaksehir, da Liga dos Campeões, jogo em que proferiu uma expressão racista.
“Após uma investigação sobre os eventos que levaram a que o jogo entre PSG e Basaksehir de 08 de dezembro de 2020 tenha sido abandonado, abrimos um processo a Sebastian Coltescu e Octavian Sovre [árbitro assistente na partida] por uma potencial violação” dos regulamentos disciplinares, pode ler-se no comunicado do organismo.
Coltescu voltou a arbitrar uma partida em 23 de janeiro, 46 dias depois do encontro no Parque dos Príncipes, no caso o confronto entre o Sepsi e o Astra Giurgiu (4-1) da Liga romena, embora esta longa ausência não tenha sido devido a uma sanção, antes por não ter podido realizar provas físicas com os restantes companheiros.
Em 08 de dezembro, o jogo Paris Saint-Germain-Basaksehir, da sexta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, foi interrompido por um alegado insulto racista, sendo retomado no dia seguinte com uma nova equipa de arbitragem.
O incidente ocorreu quando o quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, deu sinal ao árbitro principal, o compatriota Ovidiu Hategan, para expulsar o treinador adjunto do Basaksehir Pierre Webó, tendo-se este queixado que Coltescu utilizou a expressão “negro”, recusando-se a sair do campo.
Após vários minutos, o 'staff' da equipa turca e os jogadores, seguidos pelos do PSG, decidiram abandonar o relvado, numa altura em que o jogo estava empatado 0-0 e o presidente do clube turco, Göksel Gümüsdag, disse que os jogadores só voltariam ao terreno de jogo se Coltescu não voltasse.
“O negro está ali, vai lá ver quem é. O negro que está ali, não pode agir desta forma”, disse Coltescu ao árbitro principal, referindo-se a Pierre Webó, o antigo futebolista internacional camaronês e agora adjunto do Besaksehir, na partida que gerou a polémica. Webó insurgiu-se e posteriormente instalou-se a confusão.