O treinador do Santa Clara, Daniel Ramos, reconheceu hoje ser um “bico-de-obra” a gestão do plantel para o encontro diante do Boavista, da I Liga de futebol, devido ao acumular de jogos da Liga Conferência Europa.
“Vimos de um jogo importantíssimo, temos o jogo com o Boavista e temos outro muito importante para o clube. A administração já me fez ver isso também: da importância do jogo seguinte, financeiramente e desportivamente, um jogo muito importante o da segunda mão [com o Partizan]”, começou por dizer.
E concretizou: “Perante esta necessidade de estarmos fortes em três frentes, com este contexto que referi de uns a precisar de descansar e outros ainda não estarem no ideal, está aqui um bico-de-obra complicado, mas, por isso mesmo, é que temos de arranjar soluções.”
Daniel Ramos falava hoje em conferência de imprensa no estádio de São Miguel, em Ponta Delgada, na antevisão ao encontro diante do Boavista, a contar para a terceira jornada da I Liga de futebol.
Na quinta-feira, o Santa Clara recebeu e venceu o Partizan, da Sérvia, por 2-1, no jogo da primeira mão do 'play-off' de acesso à Liga Conferência Europa, estando o jogo da segunda mão marcado para a próxima quinta-feira.
Em agosto, a equipa açoriana já realizou seis jogos, tendo tido o plantel limitado, após ter sido identificado um surto de covid-19, que infetou 10 atletas do plantel.
Para o encontro do Bessa, Daniel Ramos volta a ter 23 jogadores disponíveis, devido às recuperações da doença provocada pelo novo coronavírus.
De fora do próximo encontro vai estar Carlos Júnior, avançado brasileiro que assinou um contrato válido para as próximas três temporadas com o Al Shabab, informação revelada pelo clube da Arábia Saudita na sexta-feira.
“Eu contava e conto, pelo menos a informação que eu tenho neste momento não é definitiva, com o Carlos Júnior e fico-me por aqui. Não vou falar mais sobre esse assunto, posso estar a criar especulações em relação a isso. É um jogador com quem estávamos a contar”, afirmou Daniel Ramos.
O treinador assumiu ser “muito complicado” fazer a gestão entre os jogadores que estão “cansados” devido ao número de jogos realizados e os outros que estão sem ritmo.
“É jogar na segunda, na quinta e no domingo. Com viagens pelo caminho e uma logística complicada, um trabalho que não é fácil, mas nós temos vindo a dar conta do recado”, apontou.
O técnico disse esperar um jogo “complicado” diante do Boavista, uma equipa “aguerrida” e com “bons executantes”.
“Vamos ter de ser uma equipa com eficácia alta, porque o Boavista não concede muitas oportunidades, é uma equipa que quando se apanha a ganhar fecha muito os seus espaços interiores (…). É um jogo em que quem marcar primeiro pode ter grande capacidade de vencer”, apontou.
O Santa Clara, 15.º classificado, com um ponto, joga na próxima segunda-feira, às 21:15, no estádio do Bessa, diante do Boavista, sétimo, com três, em jogo da terceira jornada da I Liga de futebol, que sera dirigido por Tiago Martins, da AF Lisboa.