Em 2021 os clubes de futebol mundial pagaram 445,6 milhões de euros em serviços de intermediação de jogadores, revelou hoje a FIFA, que indicou que Portugal surge no sexto lugar com 26,09 milhões.
No Relatório de Transferências e Intermediações Internacionais da FIFA destaca-se o facto dos clubes europeus representarem 95,8% do total de gastos, sendo que o ‘top 6’ do Velho Continente, que inclui Portugal, simboliza 77% dos montantes globais.
Portugal surge no oitavo lugar no recurso a intermediários por parte do clube vendedor, sendo que 9,9% das transações contaram com pelo menos um agente externo, em tabela liderada pela Alemanha e Itália com 15%.
Por outro lado, não surge nos 10 primeiros no que toca às equipas compradoras.
Dos 29,3 milhões de dólares (26,09 milhões de euros) pagos pelos clubes portugueses em intermediação, a maior fasquia, 23,08 milhões de dólares (21,14 milhões de euros), foi aplicada nas contratações.
Dos 500,8 milhões de dólares (445,6 milhões de euros) mundiais em comissões referidos no documento, destaque para a Inglaterra com 133,3 milhões (118,74), Alemanha com 84,3 milhões (75,09), Itália com 73,5 milhões (65,44), Espanha com 34,8 milhões (30,98), França com 30,3 milhões (26,98) e Portugal com 29,3 milhões (26,09).
Em 2021, foram realizadas 17.945 transferências internacionais de jogadores profissionais do sexo masculino no Transfer Matching System (TMS), 3.545 (19,8%) das quais envolveram pelo menos um intermediário.
Embora os gastos dos clubes com transferência tenham diminuído pelo segundo ano consecutivo (-13,9% em 2021 e -23,4% em 2020), essa redução não foi transportada para os gastos com taxas de serviço intermediários, que até subiu ligeiramente, em 0,7%.
Um outro relatório publicado este ano pela FIFA refere que na última década (2010-2020) foram pagos 3,12 mil milhões de euros em comissões de transferências registadas no TMS, a plataforma online na qual as federações devem registar as transferências de jogadores realizadas entre clubes.
No futebol feminino foram contabilizadas 1.287 transferências no TMS, 300 das quais (23,3%) envolvendo pelo menos um intermediário, agente desportivo que apareceu 12,9% (70) mais nas transações comparativamente com o ano anterior, destacando-se a Inglaterra e a Alemanha.