A Liga deu a conhecer algumas alterações no que respeita aos estádios da II Liga e entre os benfiquistas tem gerado polémica o facto de a administração das águias ter autorizado o empréstimo do centro de treinos, no Seixal, para a equipa da B SAD receber o FC Porto B, em partida da segunda jornada do segundo escalão do futebol nacional.

E se a B SAD vai receber o FC Porto B no centro de treinos do Benfica, no Seixal, também o Estrela da Amadora nessa mesma ronda vai usar o centro de treinos do Benfica para receber o Farense. No caso da B SAD a mudança de estádio deve-se ao impedimento do Estádio do Jamor para receber jogos, enquanto que no caso dos amadorenses é devido a uma sanção aplicada pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O Estrela terá de jogar em campo neutro nessa ronda.

Se em relação ao empréstimo ao Estrela da Amadora os benfiquistas têm estado em silêncio, em relação ao empréstimo da casa para a B SAD o assunto já assume outros contornos.

Francisco Benítez, antigo candidato à presidência do Benfica, lamenta que o seu anterior opositor no ato eleitoral, Rui Costa, tenha autorizado a equipa de Rui Pedro Soares a jogar no Seixal na condição de visitado.

"Emprestar a nossa casa para a B SAD vir jogar com o FC Porto é algo que eu não faria", deixou claro Francisco Benítez, em mensagem deixada nas redes sociais.

O antigo candidato à presidência do Benfica entende que é dever do emblema da Luz ajudar, mas não em certas circunstâncias. "Ajudar quem precisa é ser Benfica. Ajudar quem nos maltratou tem outro nome", atirou Francisco Benítez, mostrando-se muiuto crítico em relação à posição tomada pela direção liderada por Rui Costa.

Na última época, recorde-se, a B SAD jogava na I Liga e a receção ao Benfica, no Estádio do Jamor, causou muita polémica. A turma azul estava a contas com um foco alargado de infeções por covid-19 e apresentou-se em campo sem os 11 jogadores regularmentados.

O jogo nem chegou a terminar. Depois do intervalo, quando o Benfica já goleava, a B SAD ficou sem os jogadores mínimos exigidos pelo regulamento para que a partida pudesse ter continuidade.

O que se seguiram foram meses de discussão e lutas nos bastidores do futebol, nomeadamente no campo jurídico, com a B SAD a reclaram a repetição do jogo. Porém, em Assembleia Geral de clubes, a Liga não autorizou e deu o jogo por concluído.