O tempo de descontos no Estádio do Dragão no jogo entre FC Porto e Arouca domina as conversas nos bastidores do futebol nacional e Daúto Faquirá, treinador, questiona o contexto que o árbitro Miguel Nogueira e a equipa de arbitragem sentiram no Estádio do FC Porto. "Criou-se um ambiente para que o árbitro tivesse um comportamento. O árbitro tentou ao máximo. Tentaram ludibriar, batotice no jogo várias vezes e ele teve capacidade de ir aguentando", referiu Daúto.

"Não é por acaso que nós temos vários países que deixaram de transmitir os jogos do campeonato português. É por algum motivo e devemos refletir", declarou Daúto Faquirá, dizendo que a Liga portuguesa "não é aquilo que se pinta". "É muito fácil focar na falha mas há um conjunto de incidências, comportamentos que não concorrem para a credibilização do futebol", comentou o treinador de futebol, lamentando que o emblema liderado por Pinto da Costa queira protestar o jogo.

"Se o FC Porto tem ganho o jogo, e se houvesse comunicação do VAR, o FC Porto iria sentir-se bem em aproveitar uma situação?", perguntou Daúto Faquirá, lamentando o comportamento de Taremi.

"Alguém iria criticar a atitude do Taremi e não foi a primeira simulação no jogo?", perguntou Daúto Faquirá, esperando para ver o que vai acontecer ao avançado iraniano.

"O que é que vai acontecer ao Taremi? O que é que já aconteceu aos jogadores que simulam? O Taremi é useiro e vezeiro nestas situações mas passa incólume, porque se fosse castigado convenientemente por simular, por enganar, por tentar enganar o árbitro..."

Por conseguinte, em declarações na CNN Portugal, Daúto Faquirá referiu ainda que "alguém tem de lhe dizer que o futebol, tal como a vida, não é enganar". "Eu não ganho por enganar o outro", concluiu o treinador, em comentários sobre o assunto do momento no futebol português.

"Única tomada elétrica disponível na área de revisão do estádio não tinha corrente elétrica"

A este respeito, recorde-se, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol já declarou que a tomada elétrica que serve o sistema de VAR instalado no Estádio do FC Porto ficou sem energia.

Desse modo, explicou o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol a reserva de energia foi sendo utilizada ao longo da partida.

"Ao analisarem o incidente, os técnicos concluíram que a única tomada elétrica disponível na área de revisão do estádio não tinha corrente elétrica e que ao longo do jogo o sistema de energia de reserva - também conhecido como UPS (Uninterrupted Power Supply) – esgotou-se", justifica o Conselho de Arbitragem sobre o jogo que contou com 22 minutos de tempo de descontos.